Para que serve Caixa Separadora de Água e Óleo e para quem é exigido?

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O Separador de Água e Óleo, também conhecido como Caixa Separadora ou Caixa SAO, funciona por gravidade e, por meio de processo de coalescência sem necessidade de bombas, otimizando a separação de forma simples e ágil.

A caixa separadora de água e óleo é uma exigência para empresas que trabalham com o descarte de óleo, Resolução CONAMA nº 430/11 dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para lançamento de efluentes em corpos de água, A água resultante dos processos industriais é conhecida como efluente industrial e deverá passar por tratamento antes de ser devolvida aos corpos hídricos (rios, lagos, etc.). Por tanto, os estabelecimentos que trabalham com materiais oleosos devem possuir o sistema separador de óleo.

O correto tratamento dos efluentes industriais é um tema comum quando se trata de destinação de resíduos. Sendo dever de toda empresa realizá-lo.

A caixa separadora de água e óleo é obrigatória, para postos de combustíveis, lava-rápidos e em oficinas mecânicas que desenvolvem atividades de lavagem de veículos e peças com uso de água com descarte de águas residuárias.

Onde é necessário o uso de caixa separadora?

  • Drenagem oleosa de postos de serviços
  • Limpeza de pista de abastecimento e área de troca de óleo
  • Descarga de combustíveis
  • Lavagem de veículos
  • Lavagem de peças
  • Ferramentas e equipamentos
  • Lubrificação de motores
  • Separação de mistura de água-óleo das contenções da área de tancagem
  • Centros de usinagem e manutenção, entre outros.
  • Restaurantes e laticínios.

Ou seja, em todo empreendimento que tenha como resultado separação de óleos orgânicos.

Esse sistema tem como principal função, a contenção dos resíduos oleosos, sólidos flutuantes e sedimentáveis e necessitam de um descarte ambientalmente correto, enquanto a água é destinada para a rede ou reutilizada no sistema, como água de reuso.

Como Funciona?

A separação se dá por meio físico, uma vez que o óleo tem uma densidade menor que a água e tende a flutuar, ficando retido nas caixas do sistema que é composto da seguinte forma:

  • Módulo para retenção de sólidos: retém os sólidos grosseiros, como areia e terra;
  • Caixa separadora de óleo: efluente perde energia e o óleo, por diferença de densidade, tende a flutuar, pode ter uma ou mais caixas dependendo das características do efluente e da vazão;
  • Módulo coletor de óleo: caixa que recebe o óleo separado da água, deverá ser de material de fácil limpeza e acesso para as devidas manutenções;
  • Caixa para inspeção: caixa com visibilidade por onde o efluente, já separado, pode ser visualizado.

Manutenção da SAO

A manutenção do sistema, é muito importante para manter o seu bom funcionamento e para manter as características do efluente dentro dos parâmetros. Deve ser feita periodicamente da seguinte maneira:

  • Limpeza dos sólidos presentes na caixa de retenção de sólidos: a constância desse procedimento depende da quantidade de sólidos grosseiros presentes no efluente;
  • Limpeza da caixa coletora de óleo: assim que a caixa estiver quase por completa de óleo, você precisa remover todo o óleo armazenado e encaminhar para uma empresa especializada e com licença ambiental para dar o correto tratamento do mesmo, como exemplo o rerrefino (processo industrial de reciclagem de óleo usado).

O que uma Separadora de Água e Óleo precisa para ser aprovada?

O sistema de separação de água e óleo, pode ser de material pré-fabricado, ou em alvenaria, sendo dimensionado por profissional habilitado, devendo apresentar memorial de cálculo e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), e atender as seguintes exigências:

  • Seguir os padrões da ABNT NBR 14605-7;
  • Dimensionamento correto das caixas separadoras, de modo a atender todo o volume de efluentes gerados.
  • Estar em uma área coberta para evitar que água da chuva se misture ao efluente;
  • Ter um profissional habilitado responsável pelo projeto;
  • Ter um profissional habilitado responsável pela execução/instalação;
  • Ser constituída de material estanque e com permeabilidade máxima de 10 m/s, referenciado a água a 20° C;
  • Ter acessibilidade as suas partes internas, viabilizando a manutenção e limpeza;
  • Possuir tampa de acesso resistente ao tráfego de automóveis e caminhões,
  • Ter uma tampa cega que evite a entrada de água de chuva;

O efluente do sistema de separação água e óleo deve atender aos parâmetros de lançamento, estabelecidos pela legislação federal, Resolução CONAMA 357/2005 e Resolução CONAMA Nº 430/2011:

  • Óleos e graxas: virtualmente ausentes, com máximo de 20 mg/L;
  • Sólidos em suspensão: máximo de 20 mg/L;
  • Materiais sedimentáveis: máximo de 1 ml/L;
  • DBO e DQO: parâmetros podem mudar dependendo do corpo receptor;
  • Substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes.

​Um dos principais motivos de separação e tratamento deste resíduo, é devido ao óleo ser uma substância tóxica para humanos e para o meio ambiente, e também, por possuir um tratamento complexo. Portanto, essa substância nunca deve ser jogada diretamente em rios ou no esgoto sem prévio tratamento do efluente.

Sendo assim, o Sistema de Caixa Separadora Água e Óleo, é de extrema importância para a preservação ambiental e saúde humana. Além de que a água pode ser reaproveitada após o tratamento, trazendo economia para a empresa.

Na Madareli você encontra as caixas separadoras que estão presentes em mais de 7.000 empresas pelo Brasil, que foram desenvolvidas para atender à resolução CONAMA 430. Possuem placas coalescentes fabricadas com componentes de avançada tecnologia.

Modelos disponíveis

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