Conheça a Argamassa Polimérica

Tempo de leitura: 6 minutos

Argamassa polimérica, Composto Polimérico para Assentamento ou Argamassa sintética refere-se a uma classe de argamassas que servem de opção à argamassa convencional ou argamassa cimentícia e também à argamassa (Massa Industrializada) para aplicações na construção, nas etapas de alvenaria e revestimento.

As argamassas poliméricas são aplicadas para o assentamento de tijolos ou blocos na execução de alvenarias de vedação (paredes). Recentemente as argamassas poliméricas também tem sido utilizadas para o assentamento de pisos, azulejos e pastilhas durante o revestimento.

Na aplicação em alvenarias, a argamassa polimérica apresenta diferenças em termos de rendimento e velocidade de aplicação, além de serem comercializadas já na forma de massa pronta o que reduz potencialmente o custo com mão de obra no preparo.

Uma das principais características da argamassa polimérica é que, ao contrário das argamassas convencionais, que são comercializadas em pó, a argamassa polimérica é comercializada em estado pastoso e pronto (massa) para a utilização, sem necessitar a adição de água ou aditivos no momento da aplicação.

Por se tratar de um produto elastomérico, a argamassa polimérica apresenta um baixo Módulo de Young associado a uma resistência à compressão entre 3,0 MPa e 5,0 MPa o que proporciona, apesar da menor quantidade aplicada, características construtivas que favorecem o não aparecimento de patologias típicas tais como trincas e falhas na alvenaria.

O rendimento da argamassa polimérica para alvenaria varia em função do tipo de bloco mas, em média, é de 1,5 kg/m². Comparativamente à argamassa cimentícia, rende pelo menos vinte vezes mais. O rendimento da argamassa polimérica aplicada em sobreposição de pisos varia entre 1,0 kg/m² e 3,0 kg/m² em função da planeza da superfície de aplicação.

Sustentabilidade

Argamassas poliméricas são reconhecidas pelo forte apelo ecológico por não conterem em sua formulação os dois principais ingredientes da argamassa cimentícia, ambos impactantes ao meio ambiente:

  1. Cimento Portland:
    De acordo com o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria de Cimento), a fabricação de 1 kg de cimento emite mais de 600 gramas de CO2 na atmosfera. Estas emissões se dão devido ao processo de decarbonificação das matérias primas e devido ao consumo de energia necessário para chegar a temperaturas de até 1450 ºC no seu processo de fabricação. Estima-se que a indústria do cimento responde por aproximadamente 5% do total de CO2 emitido pelo homem.
  2. Areia de rios:
    Por eliminar a necessidade do uso de areia na mistura da argamassa convencional, a argamassa polimérica contribui para diminuir a retirada deste material dos leitos de rios, evitando os problemas ambientais associados com esta prática.

Além disso, as argamassas poliméricas reduzem o desperdício de materiais na construção e o consumo de energia elétrica necessário ao processo de mistura com betoneira.

Composição

A composição química das argamassas poliméricas deve conter resinas sintéticas, cargas minerais e diversos aditivos como espessantes, bactericidas, impermeabilizantes estabilizantes. Diferenças de formulações, tipos, quantidades e qualidade de matérias primas utilizadas na formulação resultam em significantes diferenças de características mecânicas, desempenho estrutural e durabilidade entre as argamassas poliméricas atualmente existentes no mercado.

Vantagens

As vantagens estão associadas ao alto rendimento e o aumento da produtividade nas fase de alvenaria. Além disso, como o produto não é a granel e possui maior rendimento, há melhor controle de estoque e redução do custo logístico. A utilização da argamassa polimérica, conforme informações dos fabricantes, garantem um aumento de produtividade de pelo menos 50% e redução do custo total da alvenaria de pelo menos 40%.

Aplicação

A aplicação da argamassa polimérica pode ser realizada através da própria embalagem, pistola ou equipamento pneumático. Tipicamente são aplicados dois ou três cordões contínuos da argamassa sobre as fiadas de blocos ou tijolos. São preenchidas as juntas verticais com a própria argamassa polimérica. Em função da forma construtiva e da qualidade do bloco, pode ser utilizada argamassa convencional para garantir o nível da primeira fiada e no encunhamento.

As argamassa poliméricas vem sendo utilizadas em diversas obras para alvenaria de vedação, com destaque para as arenas do Parque Olímpico Rio 2016.

Para aplicação em pisos e azulejos, com uma maior concentração de polímeros, utiliza-se espátula denteada. Essa aplicação pode servir para pisos e azulejos novos ou para sobreposição em revestimentos existentes. Nesse caso, o produto é tipicamente fornecido em baldes de 5 kg e 30 kg.

Normatização

As normas ABNT NBR 16590, partes 1 e 2 tratam de requisitos relacionados a apresentação, embalagem, caracterização e desempenho do produto. Desempenho: considerando que a Argamassa Polimérica é aplicada para a formação de sistemas verticais de vedação interna e externa, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos pela ABNT NBR 15575-4. São estes: resistência mecânica, estanqueidade à passagem de água e pressão de vento, desempenho acústico, desempenho térmico e resistência ao fogo, observando as condições de análise referentes à caracterização de bloco, espessura de revestimento, argamassa de revestimento e composto polimérico para assentamento.  Isto garante segurança mecânica, acústica e ao fogo da parede construída.

Aplicação: a Argamassa Polimérica deve ser aplicada respeitando os seguintes aspectos: a) o assentamento da primeira fiada com argamassa convencional deve ocorrer de modo que as irregularidades no sistema de piso sejam minimizadas, ou que seja garantido o uso de piso com planicidade adequada;  b) o composto polimérico deve ser aplicado em no mínimo dois cordões na horizontal, sendo a espessura anterior ao assentamento de 10 mm ± 2 mm sobre a superfície de assentamento (do bloco ou tijolo);  c) as juntas verticais entre blocos podem ser preenchidas ou não;  d) na composição das paredes, os compostos poliméricos podem ser empregados no encunhamento, contanto que tal informação seja apresentada pelo fabricante e comprovadamente demonstrada a eficiência para este fim.

Apresentação e Embalagem: a embalagem deve ser impermeável, selada ou valvulada, garantindo a estanqueidade a água. O fabricante deve informar os requisitos para armazenamento e manuseio e a identificação do produto deve conter as seguintes informações:  a) nome comercial ou genérico;  b) nome do fabricante;  c) massa, em quilogramas, da embalagem;  d) indicação do atendimento à norma;  e) número do lote e data de fabricação;  f) nome do químico responsável.

 

Artigo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa_polimérica

Sobre Madareli Comércio e Distribuição

Há 05 anos no mercado a Madareli atua no segmento e-commerce oferecendo produtos para preservação do meio ambiente, construção civil, eletro eletrônico, decoração e etc.

1 comentário

  1. João Marques de Oliveira

    Boa tarde
    Achei muito interessante o produto, mas gostaria de saber se ja houve experimento em assentamento de esquadrias de madeira, ferro e aluminio.
    Se houve qual foi o resultado?

    Responder

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